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CPI dos planos de saúde: Procon e ANS pedem explicação sobre reajustes


Os usuários de planos de saúde têm enfrentado problemas na utilização desses seguros. Reajustes, cancelamentos de contratos sem justificativa e falhas na prestação dos serviços são as principais queixas. 

Um dos casos mais graves é o dos clientes com planos individuais e familiares no Rio de Janeiro, vinculados à Unimed Ferj, reajustados em mais de 20%, três vezes mais do que o limite de 6,91% estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para esses contratos.

Além do reajuste, a Unimed, maior sistema de cooperativismo médico do Brasil e do mundo, está passando por mudanças, com a migração de parte da sua carteira de clientes no estado para a Unimed Ferj, que opera nos 92 municípios fluminenses.

Diante da avalanche de queixas em relação a esse processo, e aos novos preços, o Procon do estado e a Agência Nacional de Saúde determinaram à operadora que mobilize funcionários para esclarecimento de seus clientes.

Essas informações são do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado, que investiga irregularidades nos planos de saúde. O deputado Fred Pacheco antecipou que a CPI volta a se reunir no dia 8 de agosto, e ouvirá representantes do setor de saúde privada principalmente sobre as rescisões unilaterais de contratos de pessoas com necessidades especiais.

Há cerca de um mês, integrantes da CPI cobram das operadoras dados sobre esses desligamentos e também em relação aos lucros. Após encaminharem dados considerados insuficientes pela Comissão, elas ganharam prazo até o próximo dia 22 para entregar todos os dados.

A CPI quer a lista dos planos que registram lucros e também aqueles que operaram no vermelho, além dos motivos detalhados dos cancelamentos de portadores de necessidades especiais e o perfil das pessoas que deixaram de ser seguradas.

De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde e da Federação Nacional de Saúde Suplementar, as operadoras encerraram o primeiro trimestre com lucro de R$ 3 bilhões. Das 676 empresas nacionais, 238 registraram prejuízos. Além disso, quase 2 milhões de pessoas deixaram os planos coletivos por adesão só no último ano.



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