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Operação da PF que investiga a “Abin Paralela” também mira o vereador Carlos Bolsonaro


Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) lançou a quarta fase da operação que investiga a chamada “Abin paralela” e prendeu dois agentes que trabalhavam diretamente para Alexandre Ramagem, atual deputado federal, pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro, e ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (PL), também investigado.

A operação cumpre cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

Segundo apuração da Folha, os alvos presos incluem um policial federal e um militar cedidos para a Abin, que atuavam com Ramagem. Outros alvos são influenciadores digitais associados ao “gabinete do ódio”. Até o momento, a PF prendeu Mateus de Carvalho Spósito, Richards Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.

Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, foi segurança de Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018 e posteriormente nomeado por Ramagem para comandar o Centro de Inteligência Nacional (CIN), estrutura criada pelo atual deputado na Abin.

O vereador Carlos Bolsonaro é um dos investigados da Operação Última Milha, sendo alvo de apuração por envolvimento no uso do software espião FirstMile pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.

A PF investiga se servidores da Abin lotados no CIN utilizaram o software de geolocalização para produzir relatórios sobre ministros do STF e políticos adversários do ex-presidente. O objetivo seria desarticular a “Abin paralela”, uma organização criminosa dedicada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando sistemas da agência.

As investigações desta fase revelaram que membros dos três Poderes e jornalistas foram alvos das ações do grupo, que criou perfis falsos e divulgou informações falsas. Segundo a PF, a “Abin paralela” acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

A operação segue em andamento, com a PF empenhada em desmantelar todas as ramificações da organização criminosa e garantir a responsabilização dos envolvidos.



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