Não é a primeira vez que o Presidente norte-americano comete gafes, mas estas surgem numa altura em que se multiplicam as vozes, dentro do Partido Democrata, para que desista da corrida à Casa Branca, muito por causa do primeiro debate eleitoral com o adversário republicano, que lhe correu de forma desastrosa.
“E agora quero passar a palavra ao Presidente da Ucrânia, que tem tanta coragem como determinação. Senhoras e senhores, Presidente Putin”, disse Joe Biden, corrigindo a frase pouco depois.
“Ele vai derrotar o Presidente Putin. O Presidente Zelensky.”
Pouco depois, quando questionado se a sua vice-presidente, Kamala Harris, tinha condições para derrotar Donald Trump, afirmou: “Eu não teria escolhido a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se eu achasse que ela não tinha qualificações para ser Presidente.”
Segundo o ‘New York Post’, não foram os únicos erros que o chefe de Estado norte-americano cometeu neste encontro com os jornalistas, afirmando, por exemplo, que a China tinha menos de mil milhões de pessoas, o que é incorreto, e confundido o país asiático com a Rússia.
Quem não deixou passar em claro as gafes de Biden foi Donald Trump. “Bom trabalho, Joe!”, ironizou o candidato republicano à Casa Branca, no final de um vídeo em que falava do seu adversário.
A sucessão de gafes de Biden está a deixar os democratas seriamente preocupados, crescendo de dia para dia o número dos que pedem a sua desistência das presidências, mas o Presidente dos norte-americanos não parece disposto a ceder.
“Estou empenhado em continuar nesta corrida até ao fim e em derrotar Donald Trump”, garante.
A convenção democrata, que se realiza de 19 a 22 de agosto, terá a última palavra.
Unidos na produção de mísseis
É das decisões mais importantes saídas de Washington com vista à defesa do espaço europeu. Quatro países da Aliança – Alemanha, França, Itália e Polónia – celebraram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de mísseis de longo alcance. A este grupo poderão vir a juntar-se outros, sendo o Reino Unido apontado como o próximo.
Os detalhes do documento não foram conhecidos, mas sabe-se que se trata da produção de mísseis de cruzeiro com alcance superior a 500 km. Esta decisão surgiu um dia após os EUA terem anunciado que vão instalar equipamento militar de longo alcance em território alemão em 2026.
A reação de Moscovo não se fez esperar. “Alemanha, EUA, França e Reino Unido estão a participar diretamente no conflito à volta da Ucrânia. Todos os atributos da Guerra Fria estão a regressar, com um confronto direto”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.
Confiança
Zelensky garante que a Ucrânia está muito perto de aderir à NATO. “O próximo passo será um convite e depois disso vai ser a filiação. É compreensível que não estejamos na NATO até a guerra acabar na Ucrânia”, afirmou o Presidente ucraniano, expressando o desejo de integrar a Aliança em breve.
Rússia “séria ameaça”
Moscovo admite tomar medidas, sem especificar quais, para “contrariar” o que considera uma “séria ameaça” da NATO à segurança da Rússia. “Vamos analisar muito cuidadosamente as decisões que foram tomadas. São uma ameaça muito grave à segurança nacional”, disse o porta-voz da Presidência russa.