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Montenegro é “super-homem” ou convém “poupar o País a eleições”? As versões de Ventura sobre o Orçamento do Estado – Política



O presidente do Chega, André Ventura, defendeu esta semana duas versões opostas sobre o cenário posterior a uma eventual dissolução do Parlamento, em caso de chumbo do Orçamento do Estado para 2025.

“Se o Orçamento não for aprovado dificilmente (Luís Montenegro) se manterá no cargo, a não ser que queira um estatuto diferente de todos os primeiros-ministros nos últimos anos” ou se achar “que é um super-homem e conseguirá governar sem Orçamento”, começou por dizer na terça-feira.


“São os portugueses que o tirarão do cargo quando quiserem. O Presidente da República existe, mas este Parlamento terá uma palavra importante na governação nos próximos meses”, avisou Ventura.

48 horas depois, o líder do Chega já considerava que “o cenário ideal” era o “País ser poupado a novas eleições” porque “ninguém em Portugal quer” ser chamado de novo às urnas, “inclusive os políticos”.



O primeiro-ministro “não tem que se demitir, mas sabe que dificilmente poderá governar nessas circunstâncias”, argumentou, já depois de Montenegro assegurar que não sai do cargo se a oposição chumbar o Orçamento.

O líder do Chega cedo se demarcou das negociações da viabilização do próximo Orçamento do Estado, preferindo um “Governo de bloco central” entre PSD, CDS-PP e PS para se afirmar (repetidamente) como “líder da oposição”.

E continua a remeter eventuais negociações para o PS. “O Chega não quer mais conversa, isso fica para os socialistas”, vincou. Segundo Ventura, o Governo apenas diz “que quer negociar para ficar bem perante a opinião pública”, mas “isso não é negociar, não é querer um orçamento aprovado, é dizer ‘eu quero, posso e mando'”.

Na discussão do Orçamento do Estado, o Chega vai insistir na equiparação do suplemento de missão das forças de segurança e tentar ver incluídas medidas com que “o Governo se tinha comprometido” e que estão alinhadas com o programa do partido.



Já o IRS Jovem e a redução progressiva do IRC, duas propostas do Executivo que até agradam ao Chega, vão ficar de fora do documento e dar entrada no Parlamento como autorizações legislativas.  





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