Numa carta enviada ao CM, o militante João Bernardo Parreira diz que João Pedro Louro “perdeu toda a autoridade para falar sobre dois dos temas que têm sido bandeira da JSD, a solidariedade inter-geracional e a saúde mental”, depois de se tornar público que abandonou o avô “em condições sub-humanas”.
“Num momento em que um Governo do PSD aponta os jovens como prioridade, a situação política do presidente da JSD é particularmente grave” e coloca a estrutura em risco de ser vista como estando “podre de valores”, argumentou. Caso João Pedro Louro recuse demitir-se, o militante antevê que a JSD seja votada ao “desprezo total”.
Após ter sido contactado pelo CM, o presidente da JSD retirou o avô da habitação onde vivia, mas o tio, que sofre de perturbações mentais, continua a morar nessa casa. Até ao momento, ninguém sabe para onde foi viver o idoso.
Leia a carta de João Bernardo Parreira na íntegra:
É para encerrar a JSD – de vez.
Confesso que não participo na vida interna da JSD há vários anos. Sou militante, com pouca atividade e ainda menos importância. Talvez por isso ainda tenha a liberdade para escrever o que me apetece, particularmente quando está em causa a pouca vida que ainda resta desta estrutura.
Vamos ao início: o avô do presidente da JSD vive em condições sub-humanas. Ponto. Não há adjetivação sobre a forma como foi feita a reportagem que apague este facto. E este facto não é pessoal, é humanitário.
Não sendo possível ignorar este tema, o recém-eleito presidente da estrutura chutou para canto, calou-se e apressou-se a resgatar o avô. Considerações pessoais à parte, há um tema político e é simples – perdeu toda a autoridade para falar sobre dois dos temas que têm sido bandeira da Juventude Social-Democrata: solidariedade inter-geracional e saúde mental.
Mais, num momento em que um Governo do PSD aponta os jovens como prioridade, a situação política do presidente da JSD é particularmente grave. E, caso este permaneça no cargo, só pode ter uma resposta por parte do PSD (política, sublinho): votar a estrutura ao desprezo total.
E a verdade é que talvez o mereça. Se os militantes, os dirigentes e as estruturas não reagirem devidamente a isto, mostrarão definitivamente o que há muito suspeitamos: está podre de valores e só se move instrumentalmente por poder.
Daqui concluímos que das duas uma: a JSD pode fazer da inexistência a chave da sobrevivência (do seu líder) ou decidir ser útil – ao partido e ao país. Para isso, o presidente tem de se demitir e pode ser que ainda sobre alguma coisa.
O presidente da JSD tem de tomar uma decisão: mete o último prego no caixão da JSD ou sai. Escolha, mas pelo menos que não se cale.
João Bernardo Parreira
Militante: 237445
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