O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou, nesta segunda-feira, o uso da Força Nacional em duas cidades de Roraima. A tropa vai atuar na capital, Boa Vista, e em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela.
Segundo a portaria do ministério, os agentes vão dar apoio à Segurança Pública do Estado na preservação da ordem pública e da integridade das pessoas e do patrimônio. Isso, por 90 dias a partir desta segunda (15). Autorizações como essa têm sido renovadas desde 2018, quando milhares de pessoas passaram a cruzar a fronteira entre os dois países fugindo da crise política e econômica na Venezuela.
Uma outra portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública autoriza também o emprego da Força Nacional na região da Terra indígena Cacique Doble por 90 dias. Neste caso, os agentes vão dar apoio à Funai com o mesmo objetivo de Roraima: preservar ordem pública e da integridade das pessoas e do patrimônio. Isso porque grupos indígenas rivais brigam de forma violenta pelo controle da área no noroeste gaúcho, perto de Santa Catarina.
Entre os crimes relatados estão: tentativas de homicídio, lesões corporais, danos, porte ilegal de arma de fogo, ameaças e indícios de formação de milícias privadas. A onda mais recente de conflitos na reserva foi em agosto de 2022, quando quatro indígenas foram assassinados e três líderes locais foram presos.
A Força Nacional ainda vai atuar na Terra Indígena Passo Grande do Rio Forquilha, localizada entre Sananduva e Cacique Doble.
E uma terceira portaria determina ainda o trabalho dos agentes na reserva Guarita, que abrange parte das cidades de Tenente Portela, Redentora e Miraguaí, e na reserva Nonoai, no município de Planalto, no norte gaúcho.