Comunidades indígenas do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul sofreram seis ataques desde o último sábado, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Para a instituição, a falta de demarcação de terras é a causa principal. O governo federal inicia nesta terça duas missões para mediar os conflitos que deixaram indígenas feridos por armas de fogo.
Uma missão vai para o oeste do Paraná, onde os Avá-Guarani foram atacados na terra indígena Guasu Guavirá no sábado e nesta segunda-feira. Agressores atiraram com armas de fogo contra as famílias, queimaram os barracos e alimentos e atropelaram quatro pessoas.
A missionária do Cimi no Paraná, Osmarina Oliveira, diz que ainda há poucos agentes de segurança na região e que os territórios são pequenos para os Guarani.
A segunda missão partiu para o Mato Grosso do Sul. Dois indígenas foram baleados nas Terras Indígenas Panambi – Lagoa Rica, em Douradina, e Dourados-Amambaipegua I, em Caarapó. Lideranças pedem apoio urgente do governo federal, por medo de um novo massacre, como o de 2016, que causou a morte de um indígena.
A situação é grave lá, alerta o coordenador do Cimi no estado, Matias Rempel.
O Ministério dos Povos Indígenas ainda monitora casos de violência no Rio Grande do Sul contra indígenas Kaingang, no município de Pontão, e Guarani Mbya em Eldorado do Sul.
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