A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), chama a atenção da população para a importância de prevenir doenças como a coqueluche, especialmente em crianças e adolescentes, sendo imprescindível, para isso, manter a caderneta vacinal completa para proteger a saúde, bem como elevar a cobertura vacinal no estado.
A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação de crianças menores de 1 ano, com aplicação dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade, bem como a vacinação de gestantes, puérperas e de profissionais da área da saúde. De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis (NDAT), Fernanda Vieira, a coqueluche é uma doença imunoprevenível e a vacinação é a melhor forma de prevenção e é realizada, principalmente, no público infantil com dois meses, quatro meses e seis meses de idade. Depois é feito só o reforço da vacina.
“A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta o aparelho respiratório. É importante manter as vacinas em dia para prevenir a doença, pois, mesmo que tenhamos boas coberturas vacinais na Paraíba, ainda não alcançamos o ideal, que é acima de 95%. É fundamental vacinar crianças e adultos de acordo com o calendário vacinal recomendado para evitar surtos da doença no território”, destacou.
A coqueluche está na lista de doença de notificação compulsória, ou seja, a partir do momento que há um caso suspeito, este é notificado imediatamente (24h), registrado no Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com coleta do material biológico enviado ao Lacen, que é o laboratório de referência na Paraíba.
Em 2023, até a 28ª semana epidemiológica, o estado teve nove casos notificados e todos foram descartados laboratorialmente, e nesse ano, no mesmo período, houve 13 casos notificados como suspeitos também descartados laboratorialmente. É importante chamar atenção para o cenário mundial e nacional da coqueluche, pois há um aumento de casos em pelo menos 17 países da Europa, o que vem chamando a atenção para o aumento dessa doença que é imunoprevenível. No Brasil, há o aumento de casos em várias regiões, mas o que chama atenção é principalmente na região Sudeste.
“Na Paraíba, apesar de nós termos boas coberturas, nós ainda não temos as coberturas vacinais ideais, preconizadas, acima de 95%. Então é importante que a população faça a vacinação, principalmente de suas crianças e adolescentes, para que elas permaneçam com cartão vacinal atualizado, uma vez que, se nós tivermos uma população suscetível à doença e vier alguém, por exemplo, da região Sudeste com a doença e encontrar bolsões de pessoas suscetíveis, essa doença pode vir a acontecer dentro do nosso território, mas se nós estivermos adequadamente imunizados com a cobertura vacinal elevada, a doença não vai eclodir dentro do nosso estado”, destacou a chefe do NDAT.
O calendário vacinal preconizado nos postos de saúde do estado é a vacinação da pentavalente, que é obrigatória em bebês de dois meses, quatro meses, seis meses, com reforço da DTPA em crianças de 15 meses, de quatro anos e para adultos. A DTPA é recomendada para gestantes, puérperas, profissionais de saúde, parteiras, estagiários de saúde e profissionais que atuam nas maternidades.
A coqueluche é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis aguda de importante causa de mortalidade infantil. A doença compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. A infecção pode durar cerca de 6 a 10 semanas e evolui em três fases sucessivas: a fase catarral, a fase paroxística e a fase de convalescença. Em lactentes, pode resultar em um número elevado de complicações e levar a morte, principalmente em bebês de até 6 meses de vida, que ainda não completaram o esquema vacinal primário contra a doença. A doença é de alta transmissibilidade, ocorre de forma direta (pessoa contaminada para suscetíveis), por meio de gotículas (tosse, espirro, ao falar etc.). Estima-se que 1 pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outras suscetíveis.
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