O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, buscou reforçar a aliança com os Estados Unidos e garantir o apoio dos americanos em meio às tensões no Oriente Médio durante um discurso no Congresso dos EUA nesta quarta-feira (24). O pronunciamento ocorreu em um momento de pressão sobre os israelenses devido à guerra na Faixa de Gaza. Netanyahu foi recebido no Capitólio com protestos tanto pró-Palestina quanto pró-Israel.
Além dos protestos, houve boicote por parte de congressistas democratas e outros funcionários legislativos. No entanto, o premiê israelense foi ovacionado diversas vezes pelos presentes. Netanyahu destacou a importância da união entre os EUA e Israel diante dos conflitos na região. “Vim aqui para assegurar uma coisa a vocês: nós vamos vencer”, afirmou. Os EUA são os maiores aliados do Estado de Israel.
Para conseguir esse respaldo, Netanyahu também mencionou o Irã, acusando o país de querer destruir os EUA e de estar por trás de um suposto plano de atentado contra Donald Trump. “Para eles (Irã), Israel é o alvo, mas os EUA são o próximo. Quando enfrentamos o Hamas, enfrentamos o Irã, quando enfrentamos o Hezbollah, enfrentamos o Irã. Quando lutamos contra o Irã, lutamos contra o inimigo mais feroz dos EUA”, afirmou Netanyahu.
A visita de Netanyahu a Washington acontece em um contexto de guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas, que já dura mais de nove meses, e de aumento de tensões com outros grupos ligados ao Irã, como o Hezbollah e os Houthis. “Não é um enfrentamento entre civilizações, é um enfrentamento entre a barbárie e a civilização, aqueles que glorificam a morte e aqueles que santificam a vida. Para a civilização triunfar, os EUA e Israel têm que permanecer juntos”, disse o premiê.
Netanyahu relembrou o atentado de 7 de outubro, quando terroristas do Hamas invadiram Israel e mataram mais de 1.200 pessoas, e afirmou que os membros do grupo terrorista não têm humanidade, que “levaram 250 israelenses, vivos e mortos, às profundezas de Gaza”. Ele garantiu que Israel está trabalhando para salvar todos os reféns que ainda estão sob poder do Hamas em Gaza: “Não vou descansar enquanto todos eles não estiverem em casa. Todos eles”, disse Netanyahu, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão atuando para resgatá-los. Ele também disse que “a vitória está à vista” e que a derrota do Hamas prejudicaria a capacidade do Irã em espalhar o terror.
Sobre a tensão contra o Hezbollah, Netanyahu afirmou que “Israel fará tudo o necessário para assegurar a fronteira ao norte e garantir que os soldados voltem em segurança”. Ele também relembrou o ataque de drone dos Houthis em Tel Aviv na semana passada.
Netanyahu compartilhou detalhes sobre seus planos para a Faixa de Gaza em um eventual pós-guerra contra o Hamas. Ele disse que planeja uma Gaza “desmilitarizada e pacificada”, mas que para isso seria necessário haver um controle de segurança israelense no local.
Pontos-chave do Discurso de Netanyahu:
Protestos no Capitólio:
A presença de Benjamin Netanyahu no Congresso nesta quarta (24) não foi apenas de ovacionamentos. Um grande protesto pró-Palestina ocorreu ao longo do dia do lado de fora do Capitólio, com milhares de manifestantes criticando a morte de mais de 39 mil palestinos devido à ação militar de Israel em Gaza. Alguns grupos também criticaram Netanyahu pela falha de seu governo em trazer de volta os israelenses sequestrados pelo Hamas.
Houve violência em parte da multidão, o que levou policiais a utilizarem spray de pimenta, segundo a Polícia do Capitólio. A autoridade informou que cinco pessoas presentes na Galeria da Câmara interromperam uma reunião no Congresso e foram presas. Na terça (23), cerca de 200 pessoas foram presas por se manifestarem dentro do Capitólio, segundo oficiais da casa.
Netanyahu criticou os manifestantes pró-Palestina, dizendo que eles “se tornaram oficialmente idiotas úteis do Irã”. Ele também aproveitou para criticar os estudantes dos EUA que protestaram contra o apoio do governo americano a Israel em universidades de todo o país em abril e maio. Netanyahu fez comentários homofóbicos ao citar placas de “gays por Gaza”, dizendo que equivaleriam a placas escritas “frango para o KFC”.
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