O Brasil assumiu esta quinta-feira oficialmente a representação diplomática da Argentina na Venezuela, depois de o corpo diplomático argentino ter sido expulso do país por ordem de Nicolás Maduro. A principal preocupação é com seis oposicionistas venezuelanos asilados na Embaixada da Argentina há dois meses e cuja integridade física estava em risco com a ameaça de invasão à representação argentina por forças venezuelanas.
Desde segunda-feira, quando a Argentina recusou reconhecer a polémica vitória de Maduro e os diplomatas argentinos foram sumariamente expulsos, a representação diplomática do país em Caracas está cercada por forças policiais e membros de milícias armadas fiéis ao governo venezuelano, e em vários momentos houve movimentos que indicavam uma possível invasão ao edifício. Seis líderes oposicionistas venezuelanos pediram asilo à Argentina há dois meses e foram atendidos, mas o governo de Nicolás Maduro não os tem deixado sair da representação diplomática rumo ao aeroporto e havia um claro temor de que uma invasão pudesse resultar em elevado risco para a segurança deles.
Foi o governo da Argentina, não obstante a crise criada pelo presidente do país, Javier Milei, ao chamar o homólogo brasileiro, Lula da Silva, de “corrupto” e “ex-presidiário”, que pediu ao Brasil para assumir a sua representação em Caracas. Ao amanhecer desta quinta-feira, a bandeira brasileira foi hasteada na Embaixada da Argentina em Caracas, mostrando que o edifício agora está sob a protecção do Brasil, um dos poucos aliados que a Venezuela tem na região.
O Brasil vai assumir todo o trabalho consular e a segurança tanto da representação diplomática quanto da residência oficial do embaixador argentino na capital venezuelana. Após a Argentina recusar reconhecer a sua reeleição e ter denunciado uma suposta fraude para o manter no poder, Nicolás Maduro chamou o presidente argentino, Javier Milei, de “louco”, “fascista” e “sádico”.
Além de já ter passado a representar oficialmente a Argentina, a diplomacia do Brasil poderá passar a representar igualmente outros países na Venezuela nos próximos dias. O governo do Peru, outro dos sete países que tiveram os seus embaixadores expulsos da Venezuela na segunda-feira por não reconhecerem a reeleição de Maduro, também já pediu ao Brasil para assumir a sua representação diplomática em Caracas.
Até esta quinta-feira, o Brasil não reconheceu oficialmente a vitória de Maduro, mas também não acusou o ditador da Venezuela de fraude, optando por pedir mais dados sobre as presidenciais. Mas o partido de Lula, o Partido dos Trabalhadores, PT, já reconheceu formalmente a reeleição do presidente do país vizinho, e Lula disse em entrevista que as eleições na Venezuela transcorreram de forma democrática e tranquila, ignorando as inúmeras denúncias de irregularidade, a repressão a protestos que já matou pelo menos 17 pessoas e indicando que poderá em breve reconhecer a vitória de Maduro, de quem é aliado e amigo há muitos anos.
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