Em comunicado, o grupo parlamentar lembrou que a proposta do partido — um projeto de resolução — “foi aprovada por maioria na Assembleia Legislativa Regional”.
O presidente do executivo açoriano, o social-democrata José Manuel Bolieiro, afirmou aos jornalistas na segunda-feira, na Horta, após uma visita à Escola do Mar dos Açores, que a intenção do Governo Regional, em matéria de creches, é adequar a oferta de vagas à procura existente, para que todos os pais e encarregados de educação possam ter uma “resposta adequada” às suas necessidades.
Em 12 de julho, o parlamento açoriano aprovou uma resolução do Chega (sem força de lei) que recomenda ao Governo Regional que altere as regras no acesso às creches gratuitas nos Açores, para dar prioridades às crianças com pais trabalhadores, justificando a mudança com a falta de vagas para a crescente procura no arquipélago.
A medida foi contestada por alguns partidos políticos, que consideram a resolução “discriminatória” e “penalizadora” para as crianças provenientes de famílias com menores recursos financeiros e com desemprego.
Após as declarações de Bolieiro (que governa sem maioria absoluta), o Chega Açores afirmou que não se revê “numa governação que recua ao mais leve agitar das águas”.
“Ao que parece o Governo Regional dos Açores perdeu a sua autonomia e vergou-se aos caprichos de Montenegro (presidente do PSD), em Lisboa. De igual modo, desrespeita o parlamento dos Açores, que aprovou por maioria esta recomendação, ao não a querer executar ou até mesmo alterar o seu sentido”, afirmou o líder parlamentar José Pacheco, citado na nota.
No seu entendimento, o executivo do arquipélago “ajoelha-se ao discurso deturpado da esquerda que inflamou a opinião pública dizendo que se retiravam direitos às crianças, uma oratória muito própria de uma esquerda que vive há 50 anos a enganar o povo”.
“Esqueceram-se foi que andam a retirar direitos às crianças há muito tempo, ao impedir que uma família que trabalhe seja a primeira a ter oportunidade de colocar os filhos numa creche, enquanto outros pais, que nada fazem e nada querem fazer, acabam por ter esta prioridade injustamente”, justificou o líder parlamentar do Chega nos Açores.
Para o também líder do partido no arquipélago, uma governação “que vive, ou sobrevive, ao sabor dos comentadores e inflamadores sociais, não pode ter condições de prosseguir”.
“Se agora o Governo Regional dos Açores acha que pode recuar na sua posição, que era mais que justa, então o Chega deixa de ter condições para apoiar esta governação hesitante e com muita falta de coragem em mudar as coisas”, admitiu José Pacheco.
O grupo parlamentar termina afirmando que “não se revê neste tipo de governação”: “Os Açores precisam de uma liderança forte, com coragem e determinação, para que todos os açorianos tenham melhor qualidade de vida.”
A aprovação na Assembleia Legislativa contou com os votos favoráveis do Chega, PSD, CDS-PP e PPM, e abstenção da IL.
O Chega é a terceira força política na região e, após as eleições regionais do início deste ano, chegou a exigir integrar o executivo regional para viabilizar o Programa do Governo. Na votação, acabou por se abster.
Com o objetivo de capacitar seus profissionais para identificarem pacientes com perfil de morte encefálica…
O delegado Rodrigo Morais, que investigou o atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro durante…
O vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra, visitou as obras da Orla Sul, nesta quinta-feira…
Agência Brasil O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, designou nesta quinta-feira…
Em uma nova declaração sobre o homem que detonou explosivos próximo ao Supremo Tribunal Federal…
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e o secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira,…