No dia do casamento com Carlos III, a 29 de julho de 1981, a princesa Diana quebrou uma tradição antiga dos casamentos reais. Durante os votos de casamento, Lady Di decidiu mudar o discurso, de forma a provar que era uma mulher moderna preparada para levar a monarquia para um novo patamar.
O habitual, de acordo com a tradição que remonta a 1662 e está prevista no Livro Anglicano de Oração Comum, era a noiva prometer “amar, confortar, honrar, obedecer e manter na saúde e na doença” o marido no momento da troca de votos, o que coloca a mulher numa posição subjugada ao homem. Contudo, a princesa Diana omitiu a palavra “obedecer” do seu discurso. Essa decisão acredita-se que tenha sido tomada na noite anterior ao casamento, tudo por causa da descoberta de que o príncipe Carlos manteria sentimentos românticos por Camilla Parker-Bowles.
Andrew Morton, autor do livro ‘Diana: Her True Story’, de 1992, relatou que a princesa suspeitava de que Carlos e Camilla nutriam fortes sentimentos um pelo outro e que Diana esteve prestes a cancelar o casamento, mas que as suas irmãs, Lady Sarah e Lady Jane, a convenceram a manter o compromisso.
Na altura o jornal ‘The New York Times’ alegou que Carlos e Diana teriam discutido sobre a não inclusão da palavra “obedecer” nos votos da princesa. Já o diretor da Abadia de Westminster, Edward Carpenter, referiu que a decisão fazia sentido pois “o casamento é o tipo de relação em que deveria haver dois parceiros iguais, e se houver um parceiro dominante, isso não será resolvido por este juramento”.
Ao contrário de Sarah Ferguson ou Sophie Rhys-Jones, que disseram o discurso tradicional nos seus casamentos, Kate Middleton e Meghan Markle seguiram os passos de Lady Di nos dias dos seus casamentos com os príncipes William e Harry em 2011 e 2018, respectivamente.
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