Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, decidiu acionar a Justiça contra Pablo Marçal (PRTB) após ser chamado de “cheirador de cocaína” durante um debate realizado na última quinta-feira (8/8). O psolista pretende processar Marçal, mas ainda avalia se o fará na esfera eleitoral ou na Justiça comum.
No debate, Marçal gesticulou levando um dedo ao nariz ao fazer uma pergunta a Boulos e, em seguida, repetiu a acusação em uma entrevista a jornalistas. Ao ser questionado se tinha provas para sustentar a afirmação, Marçal respondeu que as apresentaria “na hora certa.”
Este episódio não é o primeiro embate entre Boulos e Marçal. Em junho, os dois já haviam se desentendido na Câmara dos Deputados, antes de uma audiência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que votava o parecer de Boulos sobre as acusações de “rachadinha” no gabinete do deputado André Janones.
Durante o ocorrido na Câmara, Boulos alfinetou Marçal: “O coach ainda está aqui na sala? Espero que você mantenha a sua candidatura e não a venda para o Ricardo Nunes (prefeito de São Paulo), pois quero te enfrentar.” Marçal retrucou: “Ninguém tem dinheiro para comprar a minha candidatura, não. Ela não está à venda.”
Após a votação que absolveu Janones, Marçal comentou que o parecer de Boulos pelo arquivamento da ação “enterraria” sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, “O Guilherme Boulos enterra hoje a pré-candidatura dele a prefeito de São Paulo. E eu já estava alertando. Tem um fato concreto: não vai ter segundo turno em São Paulo por causa disso. Porque isso aí é roubo certo”.