O comportamento de Eduardo Pimentel (PSD-PR) tem chamado atenção na corrida eleitoral pela prefeitura de Curitiba (PR). Pimentel insiste em excluir seu candidato a vice, Paulo Martins (PL-PR), tanto nas redes sociais quanto nas campanhas de rádio e TV.
Enquanto a maioria dos candidatos tenta apresentar uma frente coesa, destacando a importância da parceria entre o prefeito e seu vice, Eduardo Pimentel parece seguir uma estratégia diferente. Nas suas redes sociais, Paulo Martins é praticamente invisível, assim como nas propagandas eleitorais transmitidas no rádio e na TV, onde a ausência do vice salta aos olhos. A postura levanta suspeitas sobre possíveis divergências internas ou, no mínimo, uma escolha de marketing muito questionável.
O papel do vice em uma campanha eleitoral não pode ser subestimado. Em muitas ocasiões, é justamente o vice quem complementa o perfil do candidato principal, oferecendo expertise em áreas específicas ou conquistando o apoio de segmentos eleitorais importantes. Martins, um nome de destaque no PL-PR, poderia agregar força à chapa, ampliando o alcance eleitoral de Pimentel. No entanto, a sua exclusão nas peças publicitárias coloca em xeque essa parceria e desperta dúvidas sobre o verdadeiro papel que ele teria em um eventual governo.
Especialistas em marketing político avaliam que essa estratégia pode ter um efeito reverso. Em vez de demonstrar autossuficiência ou controle da campanha, a ausência de Paulo Martins sugere falta de coesão e transparência. “Quando um candidato oculta seu vice, ele transmite ao eleitor uma sensação de que há algo a esconder. Isso pode prejudicar a imagem de união e confiança que uma campanha precisa transmitir”, explica uma analista política consultada para esta matéria.
Ainda não se sabe ao certo se a exclusão de Paulo Martins das campanhas e redes sociais é fruto de uma decisão estratégica ou de desavenças internas. O fato é que, ao optar por uma estratégia que subestima o papel do vice, Eduardo Pimentel corre o risco de alienar não apenas os eleitores fiéis ao PL, mas também parte do eleitorado que espera ver uma chapa forte, unida e preparada para governar em conjunto.
Com a intensificação da campanha, será interessante observar se Pimentel reconsiderará sua postura e incluirá Paulo Martins nas futuras inserções, ou se continuará a trilhar esse caminho de exclusão. De qualquer forma, o eleitor está atento e essa escolha pode ser decisiva para o resultado final nas urnas.
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