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Cerca de 50 mil presos deixam penitenciárias em São Paulo para “saidinha” de 7 dias

Cerca de 50 mil presos deixam penitenciárias em São Paulo para “saidinha” de 7 dias


Cerca de 50 mil presos do regime semiaberto em São Paulo receberam autorização para a saída temporária nesta terça-feira (17), permitindo que passem sete dias em casa. Entre os beneficiados estão criminosos notórios, como Cristian Cravinhos, envolvido no assassinato do casal Richthofen, e Lindemberg Alves, condenado pelo sequestro e assassinato de Eloá Pimentel. No Complexo de Tremembé, no interior do estado, 3,5 mil detentos foram liberados.

Cristian Cravinhos, que já solicitou progressão para o regime aberto, terá que passar por um novo exame criminológico antes de sua solicitação ser analisada. Cravinhos foi condenado por seu envolvimento no assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, um dos crimes mais chocantes da história do Brasil, ocorrido em outubro de 2002.

Outro nome de destaque é Lindemberg Alves, que cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo sequestro e assassinato de sua ex-namorada, Eloá Pimentel, em 2008. Lindemberg manteve Eloá em cárcere privado por mais de 100 horas antes de disparar contra ela, em um caso que chocou o país e foi amplamente repercutido pela mídia.

Os presos liberados devem retornar ao sistema penitenciário até a próxima segunda-feira (23). Durante o período de liberdade, devem permanecer em casa entre 20h e 6h, além de serem proibidos de frequentar festas e eventos noturnos. No entanto, a fiscalização dessas medidas é um desafio para a Justiça.

Robinho, ex-jogador de futebol condenado por estupro coletivo, Thiago Brennand, condenado por abuso sexual, e Fernando Sastre Filho, conhecido como “Bebê do Porsche”, não foram beneficiados pela saída temporária, pois cumprem pena em regime fechado no Complexo de Tremembé.

Logo nas primeiras horas da liberação, 15 detentos foram presos por violar as regras da saída temporária. Eles foram flagrados na região central de São Paulo, em áreas conhecidas como pontos de uso de drogas. Ao frequentar esses locais, os presos descumpriram as exigências impostas pela Justiça.

Essa é a terceira “saidinha” do ano, e durante a última, realizada em junho, 677 detentos foram recapturados por violar as regras ou não retornarem às penitenciárias no prazo estipulado.



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