A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de prisão preventiva solicitado pela influenciadora Cíntia Chagas contra seu ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL). A decisão foi tomada pela juíza Danielle Galhano Pereira da Silva, que reforçou medidas protetivas contra o parlamentar, ampliando as restrições já existentes após as acusações de abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de dois anos.
O término do casamento, anunciado em agosto deste ano, motivou Chagas a pedir proteção judicial em setembro. Agora, o deputado é obrigado a evitar qualquer menção, direta ou indireta, sobre Cíntia Chagas ou o processo em redes sociais ou meios de comunicação. Ele também não pode marcar a ex-esposa ou familiares dela em postagens.
Na decisão, a magistrada alertou que a prisão preventiva poderá ser decretada caso Bove desrespeite as medidas cautelares. A juíza enfatizou a necessidade de garantir a segurança da influenciadora enquanto as investigações continuam.
Os advogados de Lucas Bove — Daniel Bialski, Maurício Felberg e Camila Felberg — repudiaram as acusações e chamaram as alegações de “descabidas”, classificando Cíntia Chagas como uma “pseudovítima”. Em nota, a defesa destacou que a Justiça reconheceu a ausência de justificativa para a prisão preventiva e afirmou que Bove continuará respeitando as ordens judiciais.
Além disso, a defesa de Bove buscou a revogação das medidas protetivas, alegando que elas são excessivas, mas esse pedido também foi negado pela juíza, que sustentou que as precauções devem permanecer até o avanço das investigações.
A defesa do deputado planeja recorrer da decisão, insistindo na necessidade de uma reavaliação das medidas impostas.
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