De acordo com o site Diário do Poder, os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do Grupo J&F e da JBS, transferiram R$ 20,8 milhões para o escritório de advocacia de Rodrigo Pimentel, filho do desembargador afastado Sideni Pimentel, investigado por suspeita de venda de sentenças no Mato Grosso do Sul. O valor foi pago em seis depósitos entre dezembro de 2022 e agosto de 2023, conforme apuração da Polícia Federal na operação Última Ratio.
O escritório beneficiado, Pimentel & Mochi Advogados Associados, tem como sócios Rodrigo Pimentel e Lucas Mochi, filho do deputado estadual Junior Mochi (MDB). Segundo a investigação, o escritório e uma empresa de fachada ligada aos advogados estão no centro de suspeitas envolvendo possíveis esquemas de corrupção e recebimento de honorários milionários de grandes empresas, incluindo a JBS.
A Polícia Federal indica que a empresa de fachada, registrada no mesmo endereço do escritório de advocacia, não possui funcionários, mas recebeu várias transferências bancárias. O relatório da PF sugere que os pagamentos milionários, realizados pela JBS, podem estar relacionados a um esquema de decisões judiciais favoráveis ao grupo econômico.
Em nota, a JBS alegou que os pagamentos ao escritório Pimentel & Mochi foram referentes a serviços advocatícios legítimos, como ocorre com qualquer outro escritório que representa a empresa em diversas ações judiciais.