O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta terça-feira (19) um comunicado pedindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “dê explicações ao Brasil” após a Polícia Federal (PF) deflagrar a operação “Contragolpe”. A ação prendeu militares e um policial federal acusados de conspirar para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022.
De acordo com a PF, o documento com o plano golpista foi impresso no Palácio do Planalto, ainda durante a gestão de Bolsonaro. A investigação reforça a tese de que os atos tinham coordenação direta de setores ligados ao ex-presidente.
“As estarrecedoras conclusões do inquérito da Polícia Federal sobre os planos de militares para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes apontam diretamente para o Palácio do Planalto comandado por Jair Bolsonaro, o maior interessado na conspiração golpista para impedir a posse do eleito e instaurar sua ditadura”, diz a nota do PT.
No comunicado, o partido destaca a operação como um “passo importantíssimo” na responsabilização dos arquitetos dos atos antidemocráticos, incluindo a tentativa de golpe e os ataques ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao STF, ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
“Não existe, por definição, bolsonarista moderado nem democrata de extrema direita. As novas conclusões do inquérito expõem cruelmente seu modo de agir, que despreza a vida humana, as instituições e o Estado de Direito, em nome de um projeto autoritário de poder”, afirmou o PT.
Na nota, o PT também rejeitou qualquer possibilidade de anistia aos envolvidos. “Punição para todos os envolvidos na trama golpista e nos planos de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes! Sem Anistia!”, concluiu o texto.