O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará nesta quarta-feira (27/11), em pronunciamento em rede nacional, medidas de ajuste fiscal consideradas impopulares, com foco em reduzir o déficit público. Entre as principais ações estão a restrição ao abono salarial e a proibição de novos benefícios tributários em cenários de déficit primário.
O abono salarial, atualmente concedido a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824), será limitado a quem recebe até R$ 2.640. Segundo Haddad, o valor será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando atingir o equivalente a um salário mínimo e meio. “O objetivo é garantir que as famílias de menor renda continuem sendo atendidas, ajustando o benefício para quem realmente precisa”, justificou o ministro.
Outra medida relevante é a criação de uma trava fiscal para impedir a concessão, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários enquanto houver déficit primário nas contas públicas. Segundo Haddad, essa trava é essencial para “assegurar o equilíbrio fiscal e garantir o cumprimento das metas do governo”.
O pronunciamento, com duração de pouco mais de sete minutos, ocorrere às 20h30 e terá como slogan “Brasil mais forte, governo eficiente, país justo”. Antes da transmissão, Haddad apresentará as medidas aos presidentes da Câmara e do Senado, além de líderes partidários.