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Líder do PT chama de “fake news” prisão de María Corina Machado e comparece à posse de Maduro na Venezuela


O dirigente petista Valter Pomar, que está na Venezuela para representar o Partido dos Trabalhadores (PT) na posse de Nicolás Maduro, afirmou que a denúncia sobre a prisão de María Corina Machado, líder opositora do regime chavista, é uma “fake news”. A declaração foi dada durante entrevista à Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (10).

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Segundo Pomar, a oposição teria fabricado a acusação para desviar a atenção do que ele chamou de “fracasso da mobilização da extrema-direita” contra o ditador. “Foi espalhada por ela mesma para desviar a atenção do fracasso da mobilização da extrema-direita”, declarou Pomar, que também participa do “festival antifascista” promovido pelo Foro de São Paulo.

Enquanto isso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua rede social, Truth Social, para apoiar María Corina Machado e Edmundo González, opositores do regime chavista. Trump chamou González de “presidente eleito” e destacou que ambos são “lutadores pela liberdade”.

“A ativista pela democracia venezuelana María Corina Machado e o presidente eleito González estão expressando pacificamente as vozes e a vontade do povo venezuelano. Esses lutadores pela liberdade não devem sofrer nenhum dano e devem permanecer seguros e vivos!”, escreveu Trump.

O republicano, que assumirá oficialmente a presidência dos EUA no próximo dia 20, também destacou o apoio da comunidade venezuelana-americana à causa de uma Venezuela livre.

María Corina Machado, que estava na clandestinidade há meses, foi detida temporariamente na quinta-feira (9) após participar de uma manifestação em Caracas. De acordo com seu partido, Con Venezuela, forças do regime chavista atiraram contra sua comitiva, a capturaram e a forçaram a gravar vídeos afirmando que estava bem. Poucas horas depois, ela foi liberada sem que o governo desse explicações.

“Estou viva e salva. A Venezuela será livre”, disse María Corina em vídeo publicado após o ocorrido, no qual detalhou que foi perseguida ao deixar o protesto no bairro de Chacao. Diosdado Cabello, ministro do Interior e Justiça, negou as acusações, chamando-as de “invenção” e “mentira”.

O episódio ocorre às vésperas da posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato, após um processo eleitoral amplamente contestado por denúncias de fraude. Atas eleitorais reunidas pela oposição e verificadas por observadores internacionais apontaram vitória de Edmundo González por ampla margem, mas o regime chavista seguiu em frente com a nomeação de Maduro.

As manifestações em apoio a González ocorreram em várias cidades venezuelanas, mas a adesão foi menor que o esperado. Analistas atribuem isso à forte repressão e à fragmentação interna da oposição.



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