O ditador venezuelano Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira, 10, para um terceiro mandato como presidente, que se estenderá até 2031. A cerimônia, realizada em Caracas, foi marcada pela ausência de chefes de Estado e governos relevantes, evidenciando o isolamento político do regime chavista, enquanto manifestações opositoras eram reprimidas pelo governo.
Caso cumpra o mandato integralmente, Maduro se tornará o presidente mais longevo da história da Venezuela, superando os 14 anos de Hugo Chávez e os 11 de Simón Bolívar, que governou entre 1819 e 1830.
De acordo com o regime, representantes de 125 países acompanharam a posse, mas apenas aliados próximos do chavismo enviaram delegações de alto nível. Entre os chefes de Estado presentes estavam Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Daniel Ortega, da Nicarágua. Nem mesmo aliados regionais tradicionais, como o presidente da Bolívia, Luis Arce, compareceram.
Rússia e China, dois dos principais parceiros estratégicos de Maduro, enviaram representantes de segundo escalão. Wang Dongming, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, representou Pequim, enquanto a Rússia foi representada por Viacheslav Volodin, presidente da Duma.
O Brasil enviou a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, enquanto países como México e Colômbia também enviaram embaixadores. O Chile, por sua vez, decidiu não enviar nenhum representante.
Maduro foi declarado vencedor das eleições de julho, mas sob fortes acusações de fraude por parte da oposição e de observadores internacionais. Atas de colégios eleitorais, reunidas pela oposição e verificadas por centros de monitoramento, indicam que o candidato opositor Edmundo González teria obtido 67% dos votos, contra 30% de Maduro. No entanto, o regime alegou vitória com 51,2% dos votos e nunca apresentou os resultados detalhados urna por urna.
“Juro que este novo mandato presidencial será um período de paz”, disse Maduro durante a cerimônia, que foi conduzida pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez. A oposição venezuelana classificou o evento como um “golpe de Estado” e reafirmou sua posição de que Maduro não foi legitimamente eleito.
A posse foi realizada em meio a protestos da oposição em Caracas e outras regiões do país. Na quinta-feira, 9, a líder opositora María Corina Machado foi detida temporariamente durante um protesto no bairro de Chacao, em Caracas. Segundo relatos, sua comitiva foi cercada por forças de segurança do regime chavista.
“Estou bem, estou segura. Hoje, 9 de janeiro, saímos para uma concentração maravilhosa, me perseguiram. Deixei cair minha carteira, a carteirinha azul onde tinha meus pertences (…) Estou viva e salva. A Venezuela será livre”, declarou María Corina em um vídeo publicado após sua libertação.
O regime negou as acusações de detenção. “Uma invenção, uma mentira”, disse Diosdado Cabello, ministro do Interior e número dois do chavismo.
Horas antes da cerimônia, o governo venezuelano determinou o fechamento da fronteira com a Colômbia, principal entrada terrestre no país, alegando questões de segurança. A fronteira com o Brasil, no entanto, permaneceu aberta.
Enquanto isso, Edmundo González, que alega ter vencido as eleições, havia prometido retornar ao país para impedir a posse de Maduro, mas até o momento não há indícios de que tenha cumprido a promessa. A oposição, enfraquecida por divisões internas e pela repressão, tem enfrentado dificuldades para mobilizar a população em ações efetivas contra o regime.
A ausência de líderes globais na posse de Maduro reflete o isolamento crescente de seu governo. Apesar disso, o ditador mantém o apoio estratégico de Rússia e China, fundamentais para sustentar a economia venezuelana, além de aliados históricos como Cuba e Nicarágua.
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