PGR recomenda arquivamento de pedido contra Tarcísio de Freitas em ‘inquérito do golpe’

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se nesta segunda-feira (13) pelo arquivamento do pedido apresentado pela bancada feminina do PSOL para incluir o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

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O PSOL argumentou que a presença de Tarcísio no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022, data em que teria sido discutida a chamada “minuta do golpe”, indicaria seu envolvimento na trama. As parlamentares consideraram “improvável” que o então aliado próximo de Jair Bolsonaro estivesse no local apenas para conversas informais.

PGR descarta envolvimento de Tarcísio

No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que não há evidências que liguem o governador de São Paulo à suposta articulação. Ele destacou que a Polícia Federal (PF) dispõe de registros de entrada e saída do Palácio da Alvorada e que, até o momento, não há elementos que justifiquem sua inclusão na investigação.

“Não há qualquer nova circunstância ou fato que justifique a adoção de providências pela Procuradoria-Geral da República ou pela Corte”, afirmou Gonet.

A manifestação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá sobre o arquivamento do pedido.

Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro e governador eleito com o apoio do ex-presidente, negou qualquer irregularidade em sua relação com o caso. Em novembro de 2024, após o indiciamento de Bolsonaro pela PF, Tarcísio saiu em defesa do aliado:

“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição, e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia.”

O inquérito, que já resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras 39 pessoas, permanece em análise pela PGR. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou na semana passada que um relatório complementar com novas informações será apresentado nos próximos dias, no âmbito da Operação Contragolpe.