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Fundo imobiliário acusa Correios de inadimplência em aluguel de centro logístico em MG

Fundo imobiliário acusa Correios de inadimplência em aluguel de centro logístico em MG

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O Fundo de Investimento Imobiliário TRBL11, do grupo Tellus Rio Bravo, comunicou nesta terça-feira (14) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que os Correios deixaram de pagar o aluguel de R$ 2,7 milhões referente a um galpão logístico em Contagem, Minas Gerais. O espaço, o maior centro de distribuição da estatal no estado, é usado para operações de entrega e deveria ter o aluguel quitado em 7 de janeiro. O montante representa 46,5% da receita mensal do fundo, de acordo com informações do Poder360.

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Os Correios justificaram o atraso afirmando que rescindiram unilateralmente o contrato de locação com base em estudos técnicos que apontaram problemas na estrutura do imóvel, comprometendo sua solidez e segurança. Segundo a estatal, as operações no galpão foram suspensas desde outubro de 2024, e a decisão foi comunicada ao fundo em 2 de dezembro do mesmo ano.

O TRBL11, por outro lado, nega ter sido notificado previamente e destaca que a rescisão pode acarretar uma multa de até R$ 300 milhões, o que aumenta o clima de tensão entre as partes.

A inadimplência ocorre em meio a uma grave crise financeira da estatal, que acumulou um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Para conter o déficit, os Correios implementaram medidas austeras, como redução de despesas e suspensão de contratos, buscando evitar a insolvência.

Entre os fatores que contribuíram para o rombo, estão desistências de ações trabalhistas que somam R$ 1 bilhão, a alegada falta de investimentos durante o governo Bolsonaro e a implementação da chamada “taxa das blusinhas”, que reduziu o volume de encomendas internacionais.

A estatal revisou suas metas financeiras para 2024, reduzindo a previsão de receita de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, o que representa um crescimento de apenas 1,5% em relação a 2023. Em contrapartida, ajustes administrativos resultaram em cortes de R$ 600 milhões nas despesas projetadas.

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