A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma forte aceleração de 1,31% em fevereiro, impulsionada principalmente pelo aumento na conta de luz. O dado, divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a maior alta para o mês desde 2003, quando o índice subiu 1,57%.
O avanço da inflação já era esperado pelo mercado financeiro, que projetava uma variação de 1,31%, segundo levantamento da Bloomberg. Com isso, o IPCA acumulou 5,06% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%.
Mercado eleva projeção de inflação para 2025 e vê risco maior de descumprimento da meta
A disparada do IPCA em fevereiro ocorreu após um alívio temporário em janeiro, quando a inflação havia registrado apenas 0,16%. O resultado do primeiro mês do ano foi influenciado pelo desconto do bônus de Itaipu na conta de energia elétrica, que reduziu o impacto do setor no índice. Com o fim do benefício, os preços voltaram a subir, pressionando a inflação.
Além da energia elétrica, o aumento do ICMS sobre combustíveis e os reajustes das mensalidades escolares também contribuíram para a alta dos preços no mês.
As projeções do mercado financeiro indicam que a inflação pode fechar 2024 em 5,68%, conforme estimativa do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira (10). Em resposta à alta dos preços, o governo federal anunciou a isenção do imposto de importação sobre produtos como carne, café, milho, óleos e açúcar, na tentativa de conter a inflação dos alimentos.
No entanto, associações de produtores criticaram a medida, afirmando que a falta de fornecedores competitivos reduz a efetividade da iniciativa. A alta dos preços dos alimentos tem sido um dos principais desafios do governo Lula, especialmente em um momento de queda da popularidade do presidente.
Para conter a inflação e ancorar as expectativas do mercado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) em setembro de 2024. Atualmente, a taxa está em 13,25% ao ano e deve atingir 15% até o fim de 2025, segundo as projeções do Focus.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define os juros básicos da economia, está marcada para os dias 18 e 19 de março. O encontro será decisivo para avaliar os próximos passos da política monetária diante da persistente alta da inflação.
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