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Medo de Nikolas Ferreira nas redes faz governo Lula recuar às pressas em mudança no IOF, diz Folha

Medo de Nikolas Ferreira nas redes faz governo Lula recuar às pressas em mudança no IOF, diz Folha


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou na noite de quinta-feira (22) de uma medida que criava alíquota de 3,5% para fundos brasileiros aplicados no exterior. O motivo? Uma força cada vez mais difícil de ignorar no Planalto: Nikolas Ferreira, deputado conservador e campeão de engajamento nas redes sociais. A informação é da Folha de S. Paulo.

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Sim, o governo redigiu, publicou e cancelou um decreto em questão de horas porque temeu que Nikolas fizesse mais um vídeo. Um vídeo, aliás, que nem existia ainda. Mas a simples possibilidade de mais um “efeito Nikolas” — como passou a ser chamado o fenômeno de vídeos virais do deputado impactando decisões políticas — bastou para provocar uma corrida noturna no Palácio do Planalto.

Ministros como Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secom) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) se reuniram às pressas com técnicos jurídicos do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou por vídeo de São Paulo. A orientação era clara: agir antes que a oposição agisse primeiro no campo digital.

O histórico não ajudava. Em janeiro, o governo sofreu com um vídeo de Nikolas que divulgou o vídeo sobre o PIX e controle de transações financeiras. O conteúdo explodiu — 100 milhões de visualizações em 24 horas — e obrigou Lula a revogar a medida em público. Desde então, o gabinete presidencial acompanha as redes com o mesmo grau de ansiedade com que acompanha o câmbio ou o IPCA.

Na avaliação do Planalto, não havia tempo para explicar tecnicamente o decreto que mudava a alíquota do IOF. Explicações racionais têm alcance limitado. Vídeos indignados, por outro lado, dominam as plataformas em minutos. Um assessor direto de Lula resumiu o sentimento interno: “A gente não governa mais só contra o Centrão. Governa contra o algoritmo.”

O recuo foi divulgado discretamente, ainda na madrugada de sexta-feira (23), para que a abertura dos mercados já ocorresse com o texto revisto. Oficialmente, o argumento foi de “ajuste técnico”. Na prática, foi uma tentativa de esvaziar uma possível nova ofensiva digital de Nikolas, que recentemente também viralizou ao acusar o governo pelo escândalo de descontos indevidos em benefícios do INSS.

O decreto original previa taxar diariamente aplicações de fundos no exterior, algo que representantes do mercado consideraram um sinal de controle de capitais disfarçado. A reação foi imediata — mas a do governo foi mais ainda. O próprio secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou que mudanças estavam a caminho já durante a entrevista coletiva de detalhamento da medida.

Na manhã de sexta, Haddad tentou passar a imagem de serenidade: “Não temos problema em corrigir rota.” Mas, nos bastidores, o episódio foi lido como mais uma derrota comunicacional, e uma vitória para a política do clique, do story e do viral.

Nikolas Ferreira não apresentou nenhuma proposta legislativa relacionada ao IOF. Não precisou. Sua simples presença no radar digital do governo foi o bastante para derrubar uma medida econômica.

Não foi um deputado que revogou o decreto. Foi o medo de um vídeo.



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