Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Centrão mira presidência dos Correios e pressiona Lula em meio a fracasso da reforma ministerial

Centrão mira presidência dos Correios e pressiona Lula em meio a fracasso da reforma ministerial


Com a prometida reforma ministerial emperrada e sem espaço no primeiro escalão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se vê novamente encurralado pelas pressões do Congresso. Agora, o centrão quer mais: a presidência dos Correios entrou oficialmente na mira de partidos como União Brasil e MDB, que buscam cargos com orçamentos robustos e pouca vigilância pública para acomodar seus aliados.

Banner Hair Cap 300 x 250

Banner Seguro Veículo 300×250

Banner 2 Ebooks 300 x 250

A presidência da estatal, hoje ocupada por Fabiano Silva dos Santos, virou moeda de troca de fato — ainda que informalmente. Ligado ao grupo de advogados Prerrogativas, que apoiou Lula durante a Lava Jato, Fabiano vem sendo alvo de uma crescente insatisfação nos bastidores do Planalto. Seu mandato expira em agosto, e o entorno político já dá como certo que ele será substituído. Nos corredores de Brasília, o apelido de “churrasqueiro de Lula” (pelo vínculo pessoal com o presidente) não é mais suficiente para mantê-lo no cargo.

Os motivos são abundantes — e, politicamente, convenientes. A gestão de Fabiano é acusada de elevar os próprios vencimentos, atrasar repasses do FGTS de funcionários, cortar o plano de saúde da categoria e, mais sensível ainda, empurrar os Correios de volta ao vermelho. A empresa, que até recentemente registrava lucro, fechou 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, segundo balanços preliminares.

Como se não bastasse, há denúncias sobre contratos milionários pouco transparentes, alimentando o discurso do centrão de que é preciso “profissionalizar” a gestão — código político para “colocar alguém nosso”.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), um dos mais ativos operadores de cargos no governo, já teria sinalizado interesse direto no posto. Alcolumbre emplacou Frederico Siqueira, atual ministro das Comunicações, e agora “baba pelos Correios”, como resumiu um aliado do Congresso em tom não exatamente metafórico.

Para Lula, trata-se de mais uma armadilha montada pela equação política que o próprio governo cultivou: empoderar o centrão para garantir governabilidade, mas sem entregar os cargos que o centrão realmente quer. Sem a reforma ministerial para distribuir espaço, restam apenas os postos de segundo escalão com caixa, como o dos Correios, Infraero e órgãos regionais de infraestrutura.

A pressão deve se intensificar nas próximas semanas, especialmente com a proximidade do fim do mandato de Fabiano. O Planalto sabe que manter um dirigente desgastado à frente de uma estatal deficitária, em meio a uma disputa interna por espaço político, pode ter um custo maior do que ceder à barganha — mesmo que isso signifique sacrificar mais um aliado ideológico para apaziguar o pragmatismo parlamentar.

No fim, os Correios viraram o novo Ministério da Fazenda: todo mundo quer controlar, mas ninguém quer assumir a conta do prejuízo.



Link da fonte aqui!

Portal de Notícias da Paraíba, Nordeste e Brasil
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.