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Polícia mata chefe da maior milícia armada do Rio de Janeiro – Mundo

Polícia mata chefe da maior milícia armada do Rio de Janeiro – Mundo



O homem apontado como líder da maior milícia armada do Rio de Janeiro, Rui Paulo Gonçalves Estevão, de 33 anos, foi morto na noite desta sexta-feira, 7 de junho, num suposto confronto com forças de grupos de elite da Polícia Civil (Judiciária) da cidade brasileira. O alegado confronto ocorreu na favela do Rodo, na região de Santa Cruz, zona oeste da capital fluminense.

De acordo com a única versão existente, a da polícia, Pipito, como era conhecido, e dois seguranças foram identificados e localizados numa casa naquela favela, rapidamente cercada por agentes de forças especiais, entre elas a Delegacia de Repressão a Acções do Crime Organizado e a Subsecretaria de Inteligência. Sempre de acordo com a versão oficial, Pipito e os seus seguranças receberam ordem de prisão, mas reagiram à bala e foram baleados pelos agentes.

Após o tiroteio, que deixou o imóvel com inúmeras marcas de tiros de armas de guerra usadas pelos agentes de elite, Pipito e os seus guarda-costas foram levados no porta-bagagens de uma carrinha da polícia para o Hospital Rocha Farias. Ao chegarem, os dois seguranças, mesmo muito feridos, estavam vivos e passaram por cirurgias, mas o alegado líder do temido grupo paramilitar já foi retirado morto da carrinha, apresentando ferimentos à bala por todo o corpo, principalmente na região do tórax.

Rui Paulo Gonçalves Estevão assumiu a liderança da maior milícia da cidade depois de o antigo líder, Luiz António da Silva Braga, o Zinho, se ter entregue às autoridades na véspera do Natal do ano passado, numa atitude surpreendente e até agora não muito clara. Pipito, braço-direito de Zinho, assumiu a liderança do grupo, mas enfrentou resistência de outros membros da organização criminosa, e iniciou com eles uma sangrenta disputa pelo poder.

Desde o início deste ano, diversas lideranças do grupo já foram abatidas, quer de um lado quer de outro, tendo alguns dos assassínios ocorrido em locais públicos lotados de pessoas, como um quiosque na praia ou a porta de uma escola onde uma das vítimas tinha ido levar o filho pequeno, igualmente morto no ataque. A milícia a que Pipito pertencia, tal como outros grupos rivais, disputa vastas áreas da cidade do Rio de Janeiro com quadrilhas de traficantes de droga, e nas regiões que controla pela força das armas obriga os moradores a pagarem uma taxa por suposta segurança e a só comprarem água, gás de cozinha e pacotes de internet em lojas da própria organização criminosa, a preços bem mais altos do que os de mercado, e a só  usarem transportes da própria milícia, formados por vans clandestinas. 





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