Aideia de uma França presidencialista, grandiosa e solene é – na sua forma atual – uma herança de De Gaulle e do pós-guerra. Só foi possível com essa conjugação de fatores que agora se desfez nas mãos de um presidente fraco que não soube exercer um poder forte. Para quem, como eu, foi ainda educado no que restava dessa ‘França exemplar’ cuja desagregação tardou, talvez os últimos presidentes tivessem sido Mitterrand e Chirac, cada um à sua maneira (vejam Malraux ao lado de De Gaulle, o fim de uma era).