O pedido foi feito pelo serviço de supervisão de comunicações da Rússia, Roskomnadzor, que enviou uma mensagem ao CEO da Google LLC, Sundar Pichai, exigindo que o Youtube desbloqueie mais de 200 canais de média, órgãos de poder, clubes desportivos e de figuras políticas e artísticas que apoiaram as políticas russas, segundo divulgou a agência estatal Tass.
Esta fonte não especificou se esta missiva foi acompanhada de um ultimato ou de uma ameaça de bloqueio do site na Rússia.
Com a ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o gigante digital americano e vários outros intervenientes nas redes sociais bloquearam as contas de meios de comunicação e personalidades financiadas pelo Estado russo, acusadas de desinformação ou propaganda.
O governo russo, que continua a assistir à “russofobia”, reforçou consideravelmente o seu controlo sobre a Internet, proibindo uma série de sites onde os críticos do Kremlin podiam expressar-se livremente, como o Facebook.
Contudo, o YouTube, cujo alter ego russo Rutube continua pouco popular, nunca foi bloqueado.
Existem, no entanto, rumores sobre a sua proibição, especialmente desde que, em março de 2022, Roskomnadzor acusou o Google e o YouTube de atividades “terroristas”.
Na sexta-feira, a operadora de telecomunicações russa Rostelekom anunciou a “desaceleração” do YouTube, alegando problemas técnicos e que a Google não forneceu mais atualizações desde que a Rússia atacou a Ucrânia.