O Senado se prepara para votar nesta quarta-feira, 5, o projeto que trata do Mover, sem a taxação das compras internacionais abaixo de 50 dólares.
A taxação foi uma emenda jabuti, que são aquelas sem relação com a proposta, incluída no texto na Câmara e retirada pelo relator no Senado, senador Rodrigo Cunha. Essa medida provocou o adiamento da votação, marcada inicialmente para essa terça-feira.
O argumento do relator é o de que a taxação das blusinhas não é o que “vai resolver o problema do país” e que, se o governo quiser discutir o assunto, que envie um projeto de lei, uma medida provisória ou faça um destaque em plenário para votação em separado.
A ideia dele é votar, apenas, o Mover, que é o programa que prevê incentivos financeiros para a produção de veículos menos poluentes, incentivos de mais de 19 bilhões em cinco anos e redução de IPI para pesquisa e soluções tecnológicas. Rodrigo Cunha, inclusive, disse hoje cedo que não vai mudar de opinião.
E um destaque é justamente o que o governo pretende fazer, como explica o líder Jacques Wagner.
O relator, por sua vez, disse ainda que a retirada da taxação não tem relação com a política local e nega ter sido convidado para ser vice prefeito de Maceió.
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi bem claro. O relator tem autonomia, mas a decisão final é do plenário e será respeitada. Ou seja, é o voto que vai decidir na sessão marcada para esta tarde.