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Em entrevista, enfermeira agredida por médico em João Pessoa diz que ações violentas aconteciam por motivos fúteis

A enfermeira Rafaella Lima, ex-companheira do médico João Paulo Casado, afirmou em entrevista ao Fantástico que tinha medo de denunciá-lo e que ele chegava a debochar sobre uma possível denúncia e que iria no máximo pagar uma fiança. Câmeras de segurança do condomínio onde eles moravam flagraram o médico agredindo fisicamente a enfermeira.

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“Eu fazia o mínimo de barulho possível, porque eu não queria que ninguém ouvisse nada. Eu não gritava e tentava ir para longe da sala de estar para os vizinhos não escutarem”, contou.

Rafaella conta que João Paulo Casado era uma pessoa gentil, agradável, alegre, disponível. No entanto, as agressões passaram a ocorrer de forma recorrente, quando o médico encontrava algo fora do lugar ou quando a companheira discordava dele.

“Uma vez a gente estava conversando sobre o trabalho dele, e eu comentei que talvez ele fosse um pouco egocêntrico e que isso poderia prejudicar ele. Foi apenas uma opinião, mas naturalmente ele não gostou. Foram mais tapas, socos, chutes”, disse.

João Paulo Casado ainda teria demonstrado não ter medo de ser preso caso Rafaella denunciasse o crime.

“Ele sempre dizia: ‘O que vai acontecer? No máximo pagar uma fiança. Vai acontecer isso. Vou seguir minha vida normal e a sua que acaba porque você vai voltar a ser enfermeira e vai conseguir emprego aonde? Porque as pessoas não vão te ajudar por minha causa’”, relatou Rafaella.

Rafaella rebate defesa do agressor

Na reportagem da TV Globo, o advogado de João Paulo Casado, Aécio Farias, disse que em um dos episódios de agressão, o que o médico está com o filho, Rafaella teria maltratado o enteado. “Ele (João Paulo) disse que instantes antes havia tido uma severa discussão com ela e que ela lançou impropérios contra o garoto”. A versão, no entanto, foi negada pela mulher agredida. 

Ela explicou que tinha um bom relacionamento com a criança e que as agressões na verdade ocorriam por motivos fúteis. “Você tinha que concordar com a opinião dele. Então se você tivesse uma opinião própria, era (para ele) como se fosse um desaforo”. Questionada pela jornalista Larissa Pereira sobre a frequência das agressões, Rafaella detalhou que as físicas ocorriam uma vez ao ano, mas as verbais eram recorrentes. 

“Algumas vezes ele pediu desculpas, outras vezes eles só ficava em silêncio no canto dele e no meu. Alguns dias depois a gente conseguia conversar, outras vezes eles se mostrava incomodado como via meu corpo machucado”, disse.