O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, voltou a manifestar, nesta terça-feira (20), o interesse da companhia em dividir a gestão da petroquímica Braskem.
A Petrobras detém 36,1% do capital total da Braskem. E a Novonor, antiga Odebrecht, tem 38,3% do capital.
Só que a Novonor está em recuperação judicial e precisa vender a parte dela na Braskem para pagar dívidas de R$ 15 bilhões.
Segundo Prates, a Petrobras, neste momento, está observando o processo para tentar conhecer quais são os potenciais parceiros que poderão ser sócios da Petrobras.
Na semana passada, em visita à Índia e ao Oriente Médio, Prates reuniu-se com a Abu Dhabi National Oil Company que está interessada no controle da Braskem.
As declarações de Prates acontecem um dia antes da primeira reunião de trabalho da CPI que vai investigar os danos ambientais causados pela Braskem em Maceió.
Em dezembro do ano passado, uma mina da empresa, no bairro de Mutange, na capital alagoana, desmoronou por causa da exploração de sal-gema.
Mas, para o Ministério Público Federal, a empresa já provocou o afundamento do solo e a formação de crateras nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bom Parto com a exploração desde 2018.
Catorze mil imóveis foram afetados e condenados. E mais 55 mil pessoas já tiveram que deixar a região. As atividades de extração foram encerradas em 2019.
