Moradores da zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte, relataram ter visto, nessa quinta-feira (29), dois suspeitos de serem os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. Eles pularam uma cerca e correram para dentro da mata. A rota de fuga teria sido no assentamento Vila Nova Dois, que fica ao norte da pequena cidade de 28 mil habitantes, perto da divisa com o Ceará.
Dois cães farejadores, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, foram usados para procurar pelos suspeitos na região de mata. O cão labrador e a cadela, da raça Braco Alemão, são treinados em uma técnica usada em operações de busca de pessoas, em que o cheiro de um indivíduo específico pode ser reconhecido, mesmo entre outros odores. A polícia também fez um cerco na estrada próxima ao local, onde a dupla teria sido vista pela última vez.
Ao todo, mais de 600 agentes de segurança, das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar, e da Força Nacional, continuam as buscas, pelo décimo sétimo dia, por Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.
Na última terça-feira (27), membros da Comissão de Segurança Pública do Senado se reuniram com o secretário nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça, André Garcia, para debater a situação dos cinco presídios federais de segurança máxima no Brasil.
Na segunda-feira, a Polícia Federal prendeu mais um homem, também na zona rural de Baraúna, suspeito de ajudar os dois fugitivos, dando abrigo e alimentos para eles. Em troca, o detido teria recebido R$ 5 mil dos foragidos. Ele foi a quinta pessoa a ser detida, por suspeita de auxílio à fuga.
No último dia 14, os dois presos usaram ferramentas, que encontraram largadas dentro da unidade federal de Mossoró, para abrir o buraco por onde fugiram de suas celas individuais. Foi a primeira fuga do sistema penitenciário federal, desde a criação, em 2006.