Com 19 dos 22 municípios em situação de emergência, o Acre recebeu a visita de uma comitiva do Governo Federal. Tendo à frente o Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o grupo visitou abrigos e duas das cidades mais atingidas pelas cheias: Rio Branco e Brasileia. Foi anunciada a aprovação de 16 planos de trabalho para ajuda emergencial humanitária para as prefeituras atingidas no valor de R$ 24 milhões. O Ministro Waldez destacou algumas etapas da ação conjunta dos gestores públicos para socorrer os municípios acreanos.
“Eu aprovei todos os planos sumariamente. Eles foram feitos, em três mãos, pelo governo do estado, governo municipal e do governo federal acompanhando. Temos uma equipe aqui, assessorando do município. Agora, nós estamos mandando uma outra equipe, especialista em planos de reconstrução, que esse é o maior desafio. Porque requer cálculos de Engenharia. Já aprovei hoje plano de restabelecimento que diz respeito a limpezas, de desobstrução. Então, a gente tá agindo com a maior agilidade possível, graças a união de todo mundo”.
Todas as bacias que cortam o estado ultrapassaram a cota de transbordamento em algum ponto ou município entre fevereiro e o início de março. O Rio Acre, por exemplo, continua acima da cota de transbordo e na manhã desta terça-feira, chegou a 17,84 metros, na capital. Essa é a segunda maior enchente na capital desde o início do monitoramento em 1971. Em todo o Acre, mais de 100 mil pessoas foram atingidas pelas cheias.
Com base nos dados de ocorrências do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, somente nas 14 cidades mais críticas existem atualmente 97 abrigos públicos atendendo mais de 9.900 pessoas desabrigadas. Outras 17.480 estão desalojadas, vivendo provisoriamente em casa de familiares ou amigos. Além disso, no município de Cruzeiro do Sul, 12 mil pessoas foram atingidas pela cheia do Rio Juruá.
Os ministros Waldez e Marina estiveram nesta terça-feira (5) em Roraima, que enfrenta também problemas humanitários, mas por causa da seca. O estado concentra 51% dos focos de incêndio registrados na Amazônia em 2024. Pelo menos 60% dos focos ocorrem em áreas privadas, onde os órgãos estaduais são os principais responsáveis pelo combate