Os 23 ativistas acusados de organizar protestos violentos no Rio de Janeiro, entre 2013 e 2014, chamados de black blocks, foram absolvidos pelo Tribunal de Justiça do Estado.
O advogado Ítalo Pires Aguiar, um dos que atuam no caso para defender os ativistas, comemorou a decisão.
“Depois de longos 11 anos de processo, muitos debates e provas anuladas pelos tribunais superiores, mesmo uma decisão dura que condenou os manifestantes a altíssimas penas finalmente a Justiça foi feita. O Tribunal de Justiça absolveu todos os manifestantes da jornada de junho e contra a Copa de 2014 de todas as imputações que inicialmente a eles eram atribuídas”.
O movimento que marcou a história do país começou em São Paulo, em junho de 2013, com protestos contra o aumento de R$ 0,20 na tarifa de transporte, e se espalhou pelo país.
Durante os atos, parte dos manifestantes escondia o rosto para promover depredações e barricadas. As manifestações eram reprimidas pela Polícia Militar com bombas de gás e tiros de borracha.
Em 2018, 23 jovens foram condenados à prisão em regime fechado, com penas entre 5 e 7 anos de reclusão, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção de menores, dano qualificado, resistência, lesão corporal e posse de artefatos explosivos. Como a condenação foi em primeira instância, todos eles puderam recorrer da decisão em liberdade.
A decisão em segunda instância que absolveu os ativistas ainda pode ser revisada, caso haja recurso no Superior Tribunal de Justiça.