Em 2023, as exportações da indústria de transformação mantiveram patamar alto, registrando o segundo maior valor desde o início da série histórica do monitoramento, em 2001.
No ano passado, foram vendidos para fora do Brasil aproximadamente US$ 177 bilhões, valor que só fica atrás do alcançado em 2022, quando o país exportou pouco mais de US$ 181 bilhões. Os dados são da Confederação Nacional de Indústria, a CNI.
A gerente de comércio e integração internacional da CNI, Constanza Negri, explica que o resultado reflete melhorias após a queda de 2020, causada pela pandemia. E destaca os principais países parceiros do Brasil.
“Em 2023, os Estados Unidos mantiveram como principal país de destino das exportações deste setor. A União Europeia também continuou, mesmo com uma queda, como segundo principal destino das exportações. E já o Mercosul retomou a terceira posição desse ranking, ultrapassando a China”.
Constanza Negri também reforça a importância desse resultado para o país.
“Nós entendemos que sinais positivos nas exportações da indústria da transformação se traduzem em resultados positivos para a economia brasileira como um todo. Exportações que estão focadas em bens industriais geram maior impacto positivo na economia, a indústria utiliza mais insumos, remunera melhor os trabalhadores, movimenta mais a economia como um todo”.
As exportações de bens de capital, produtos da indústria intermediária, que são usados para produzir outros bens ou serviços, também alcançaram valor recorde.
As vendas externas desses bens somaram mais de US$ 18 bilhões em 2023, o maior valor da série histórica, com aumento de 18,3% em relação ao ano anterior. Constanza explica que nove setores contribuíram para esse resultado, especialmente o de máquinas e equipamentos.
