No Tratado de Fontainebleau assinado entre as potências europeias em 11 de abril de 1814, “Sua Majestade o imperador Napoleão renuncia, para si próprio, seus sucessores e descendentes, bem como para cada um dos membros da sua família, todo direito de soberania e dominação, tanto sobre o Império Francês e do Reino da Itália, quanto sobre todos os outros países.” Era o que dizia o texto.
O imperador colecionou batalhas vitoriosas em sua luta para expandir o domínio francês, mas fracassou na tentativa de invadir a Rússia. Sua queda acelerou após a França perder a Batalha das Nações contra a coalizão entre Prússia, Áustria, Rússia e Suécia em dezembro de 1813. Em 31 de março de 1814, Napoleão foi destituído do poder, condenado pelo Senado e levado a abdicar do título de imperador.
Em 20 de abril, ele deixou o Castelo de Fontainebleau, ao norte de Paris. Antes de partir para o exílio, fez um discurso de despedida diante de membros da Velha Guarda Imperial aos quais se referia como “amigos” e justificou que havia sacrificado os próprios interesses pela pátria.
Napoleão foi para a Ilha de Elba, na costa oeste da Itália, onde passou a viver a partir de maio daquele ano. O tratado garantia tanto a propriedade quanto a soberania daquele pequeno território. Era um tipo de principado independente sob a liderança de Napoleão Bonaparte. Ali, o ex-líder francês organizou o poder local e recriou a vida social e cultural. Mas a estadia foi relativamente curta.
Em março de 1815, Napoleão retornou à França para seu segundo reinado. Uma aventura de Cem Dias que terminou com a derrota na Batalha de Waterloo, dando início a um novo exílio, dessa vez, na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, até a sua morte em 1821.
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História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jailton Sodré
Apresentação: José Carlos Andrade
Publicação web: Patrícia Serrão
