O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu para que o padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, denunciado por importunação sexual e estupro de vulnerável, retorne à prisão preventiva. O recurso foi ajuizado contra a 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que converteu a prisão do padre para domiciliar.
No documento, o Ministério Público ressalta que o denunciado não comprovou estar “extremamente debilitado por motivo de doença grave”, como alegou a defesa ao solicitar a conversão da prisão.
A Promotoria ainda destaca que não foi dada a oportunidade para que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informasse sobre a possibilidade de fornecer os cuidados pós-operatórios que o padre alega necessitar, devido a uma cirurgia de coluna.
Em um dos trechos do recurso, os promotores reforçam que o religioso possui intensa ligação com o Vaticano e que se desloca para a Itália com frequência e facilidade, o que poderia prejudicar a instrução processual, além de existirem outras vítimas e testemunhas que se sentiram encorajadas a prestar depoimento depois da prisão de Alexandre Paciolli.
No último dia 26 de março o padre foi denunciado pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável cometidos contra uma mesma mulher, em agosto de 2022 e janeiro de 2023, em Nova Friburgo. O religioso foi preso em 4 de abril, na casa do pai, em Fortaleza, no Ceará, e a Arquidiocese do Rio de Janeiro o afastou de todas as funções.
