O Ministério da Saúde ampliou o grupo que pode receber a vacina contra o HPV. Os pacientes com papilomatose respiratória recorrente foram incluídos no grupo prioritário para a vacinação. A doença provoca verrugas, geralmente na laringe, que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.
A doença é pouco frequente, em geral benigna, mas causa grave comprometimento clínico e psicológico, tanto em crianças como adultos. De acordo com um estudo de pesquisadores brasileiros, publicado na revista internacional Respiratory Medicine, a doença atinge duas em cada 100 mil crianças, e quatro em cada 100 mil adultos.
A inclusão entre os grupos prioritários da imunização contra HPV foi motivada pelo benefício comprovado da vacina como terapia auxiliar.
O tratamento da papilomatose respiratória é por meio de cirurgia. Em alguns casos é preciso fazer mais de uma operação. De acordo com o Ministério da Saúde, as verrugas podem voltar mais agressivas, principalmente, nas crianças e, por isso, o procedimento pode se tornar custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz.
O Ministério adotou recentemente uma nova estratégia de vacinação contra o HPV: o esquema agora é em dose única. A ideia é intensificar a proteção, também, para outras doenças, como o câncer de colo do útero. A medida segue as orientações da Organização Mundial da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde.