Mais de duas mil pessoas vão ser beneficiadas com o projeto de urbanização do Porto do Capim, que será feito pela Prefeitura de João Pessoa na região do Centro Histórico da Capital. O projeto, contemplado pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções do Governo Federal, está incluído na modalidade ‘Periferia Viva – Urbanização de Favelas’.
A secretária de Habitação de João Pessoa, Socorro Gadelha, afirmou que todo projeto foi elaborado em conjunto com a comunidade e representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep). “O projeto vai permitir um investimento de ordem de R$ 100 milhões na região do Porto do Capim, além de outras comunidades do bairro do Varadouro, como a Vila Nassau, XV de Novembro, Curtume/Frei Vital, localizadas às margens do Rio Sanhauá, no entorno do Centro Histórico da Capital”, destacou.
Socorro Gadelha ainda explicou que as casas em condições precárias vão ser restauradas através do Programa Cuidar do Lar, que já vem sendo realizado pela Prefeitura de João Pessoa, e só vão ser deslocadas as famílias cujas casas estão em áreas de risco, mas para outro ponto na mesma localidade onde já vivem. Ela lembrou que durante as discussões com a comunidade foi feito a levantamento em toda região, identificando 540 moradias em situação irregular e como as comunidades beneficiadas são ribeirinhas, vão ser construídos novos trapiches (pequenos portos) e caiçaras atendendo a um pedido deles, pois muitas pessoas vivem da pesca.
“As nossas ações vão ser integradas nos âmbitos urbanístico, ambiental, habitacional e social, de forma sustentável e com o objetivo de contribuir para a melhoria do patrimônio natural, histórico e cultural e das condições de vida da população”, frisou a secretária.
O projeto – Foi elaborado pelas Secretarias de Planejamento (Seplan) e de Habitação (Semhab) e se enquadra na modalidade ‘Periferia Viva – Urbanização de Favelas’, cuja proposta é manter as famílias nos territórios de origem, promovendo as melhorias necessárias nas moradias e na infraestrutura viária, saneamento básico, iluminação pública, galerias pluviais para evitar inundações e alagamentos evitando o risco de desastres naturais.
Entre as ações previstas, estão a implantação de vias, abertura de ruas, alargamento, criação e adaptação de calçadas, implantação de áreas de convivência e de lazer, construção de quadras poliesportivas, iluminação pública e estacionamentos. “As construções antigas vão ser preservadas e recuperadas, numa tentativa de resgatar seus valores histórico-culturais de uma forma integrada e sustentável. A ideia é ainda implantar equipamentos públicos em prédios antigos tombados e viabilizar o acesso às ruínas de um atracadouro de navios, dando uma vida nova ao nosso Centro Histórico”, concluiu Socorro Gadelha.