O termo ‘frociaggine’ é considerado ofensivo para a comunidade homossexual. Em defesa do Papa, os bispos disseram, sob anonimato, em declarações aos jornais italianos ‘La Repubblica’ e ‘Corriere della Sera’, que Francisco não percebeu o quão ofensivo é o termo ‘frociaggine’, utilizado em calão. Dizem que a língua materna do Papa é o castelhano e que Francisco, ao utilizar um termo italiano, não sabia o seu significado.
Com a comunidade gay indignada e a Igreja perplexa, a discussão também ganhou dimensão política. “E quem me chamou de homofóbico?”, questionou o populista Roberto Vannacci, candidato às eleições europeias pela Liga, do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, que diz que os homossexuais não são pessoas normais.
Alessandro Zan, candidato pelo Partido Democrático, reagiu, considerando “homofóbicos” os comentários do Papa. Em reação, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse na terça-feira que “o Papa nunca teve a intenção de ofender ou de exprimir sentimentos homofóbicos e apresenta as suas desculpas”. O Vaticano lembra as palavras de Francisco na JMJ, em Lisboa: “Na Igreja há lugar para todos, para todos. Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo.”