O governo central teve superávit primário R$ 11,1 bilhões em abril deste ano.
O resultado foi divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério da Fazenda.
O governo central reúne as contas do Tesouro Nacional, que é o caixa do governo, do Banco Central e da Previdência Social.
E os R$ 11,1 bilhões de saldo positivo significam que houve mais arrecadação do que gastos.
Isso, sem levar em conta os juros e a correção monetária da dívida pública.
Mas, de acordo com o Ministério da Fazenda, o resultado é o pior desde 2020, ficando abaixo da expectativa do próprio governo, que era de R$ 18 bilhões.
E foi gerado pelo superávit de R$ 41,4 bilhões do Tesouro e do Banco Central contra um déficit de R$ 30,3 bilhões do Regime Geral da Previdência Social.
Em relação a abril de 2023, descontada a inflação, a queda no resultado primário do governo central é de 31%.
É que apesar do aumento real de 8,4% na receita líquida, as despesas totais cresceram 12,4%.
Só o aumento do déficit do Regime Geral da Previdência Social foi de quase R$ 49 bilhões.
O que merece atenção, de acordo o secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Rogério Ceron.
No acumulado de janeiro a abril deste ano, o governo central registrou outro superávit: R$ 30,6 bilhões.
Apesar de positivo, o resultado também representa uma queda de 36,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a Lei Orçamentária Anual, ao final de 2024, o governo central dever ter superávit de R$ 9 bilhões.
Até agora, o resultado no acumulado do ano está em R$ 30,6 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda.