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Presidente do Zimbabué defende suaíli como língua de África porque as europeias dividem – África

Presidente do Zimbabué defende suaíli como língua de África porque as europeias dividem – África



O Presidente do Zimbabué, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, afirmou esta quarta-feira que as grandes potências europeias continuam a dividir África através da língua e defendeu o suaíli como alternativa para garantir a comunicação dentro continente.

“Temos de encontrar uma forma, nós próprios, África, de nos integrarmos. No Zimbabué estamos a aprender línguas, para podermos falar com Moçambique, para podermos falar com o Congo. Mas tem de ser o francês, ou o inglês, as línguas da Europa, para falarmos entre nós em África”, criticou, reconhecendo que os blocos africanos “falam entre eles”, em função da língua do antigo país colonizador.

O chefe de Estado falava no evento de diálogo presidencial de alto nível “A Transformação de África, O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global”, que decorre esta quarta-feira em Nairobi, Quénia, à margem dos encontros anuais daquela instituição financeira africana.

“Temos agora a África dividida pelas divisões na Europa (…) trazem isso para nós”, apontou.

“Aqui, o meu irmão Ruto (Presidente do Quénia), fala suaíli. Suaíli é falado em muitos países, porque não colocarmos o suaíli como a língua nacional, para podermos falar entre nós”, afirmou Mnangagwa, numa intervenção que mereceu um forte aplauso das dezenas de delegações presentes.

O suaíli é uma língua de origem bantu falada largamente em mais de uma dezena de países da África oriental, incluindo em Moçambique.

“Casamo-nos com mulheres bonitas porque falamos francês ou inglês. Se falarmos na nossa língua somos considerados primitivos”, lamentou, numa intervenção em que criticou igualmente as dificuldades áreas no continente, em que muitos países têm de fazer escala na Europa ou na Ásia “para viajar para o vizinho”.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e reúne-se em Nairobi até sexta-feira para debater “A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global”, prevendo a presença de 3.000 participantes, entre políticos, governantes, economistas e especialistas de várias áreas, de todo o mundo.

Estes encontros incluem a 59.ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50.ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento, decorrendo no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, em Nairobi.

O Grupo BAD conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.





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