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Kenmare suspende operações em mina moçambicana de titânio após acidente mortal – África

Kenmare suspende operações em mina moçambicana de titânio após acidente mortal – África



A Kenmare, uma das maiores produtoras mundiais de titânio e zircão, anunciou esta segunda-feita a suspensão parcial das operações na mina de Moma, norte de Moçambique, após um acidente que provocou a morte de um trabalhador.

“A Kenmare suspendeu todas as operações de mineração e processamento em Moma após o incidente, como medida de segurança e para que os funcionários fossem informados. Uma investigação pela administração da mina e pela polícia foi iniciada”, refere a mineradora, numa declaração oficial enviada à Lusa.

O incidente, acrescenta, aconteceu no sábado e as primeiras investigações concluíram que a vítima mortal era um operador de escavadora de um empreiteiro subcontratado que operava numa nova área de mineração da mina de Moma.

“A Kenmare notificou o ministério das minas de Moçambique, ministério dos Recursos Minerais e Energia, e mantém contacto estreito com funcionários do ministério. A mina retomou agora a operação plena, exceto as operações de mineração a seco (…) que permanecem suspensas para permitir a continuação de investigações”, acrescenta a declaração.

“Estamos a realizar mais investigações para perceber como aconteceu esta tragédia e como prevenir que se repetiam incidentes destes no futuro. A segurança dos nossos trabalhadores e subcontratados é a nossa maior prioridade e reforçamos a nossas equipas (…) durante o fim de semana para uma paragem em segurança”, descreveu o diretor da Kenmare, Michael Carvill, citado na mesma declaração.

A Kenmare é uma das maiores produtoras mundiais de areias minerais, cotada nas bolsas de Londres e Dublin, sendo que a produção em Moçambique representa aproximadamente 7% das matérias-primas globais de titânio.

A empresa fornece clientes que operam em mais de 15 países e que usam os minerais pesados em tintas, plásticos e cerâmica.

A Kenmare anunciou no mês passado que pagou 30,5 milhões de dólares (28,2 milhões de euros) em 2023 ao Estado moçambicano, em taxas e impostos, decorrente da operação em Moma, na costa da província de Nampula.

Segundo informação ao mercado divulgada anteriormente pela Lusa, a Kenmare, de origem irlandesa e que opera em Moçambique através de subsidiárias das Maurícias, pagou ao Estado por aquela operação 19.798.000 dólares (18,3 milhões de euros) em taxas, 10.259.000 dólares (9,5 milhões de euros) em ‘royalties’ e 504.00 dólares (467 mil euros) em ‘fees’ (licenças e concessões), relativas ao ano fiscal de 2023.

Segundo a empresa, a mina de Moma contém reservas de minerais pesados que incluem titânio, ilmenite e rútilo, que são utilizados como matérias-primas para produzir pigmento de dióxido de titânio, assim como o mineral de silicato de zircónio de valor relativamente elevado, o zircão.

A mineradora anunciou em abril de 2023 que prevê explorar um novo filão dentro de dois anos, dentro da sua concessão de Moma, sinalizando a longevidade e rentabilidade da mina.





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