Embora as Nações Unidas há muito que apontem as diferentes rotas marítimas que levam às Ilhas Canárias a partir da costa de África como as mais mortíferas do mundo, os números apresentados esta quarta-feira pela Caminando Fronteras não têm precedentes: em apenas cinco meses os números estão mais próximo das 6.007 mortes contabilizadas em 2023, segundo a organização.
Se cruzarmos estes dados com os números de chegadas publicados pelo Ministério do Interior – 17.117 pessoas até 31 de maio -, observa-se que nestes cinco meses morreu ou desapareceu um imigrante nos barcos com destino às Ilhas Canárias por cada 3,5 que foram resgatados. Em 2023, quando todos os recordes de chegada foram quebrados (39.910), a mesma taxa foi de uma morte para cada 6,6 sobreviventes.