O surto de coqueluche vem preocupando as autoridades sanitárias de São Paulo. Com 105 casos até o final de maio, o número já supera o registrado em todo o ano passado e também é o maior desde 2017.
A coqueluche é uma doença provocada por bactéria e é considerada altamente transmissível. A infecção atinge o aparelho respiratório e tem como principal sintoma a tosse seca, que persiste por 14 dias ou mais. Como a gripe e a covid, a doença pode ser transmitida pela fala, tosse e espirro. E segundo o ministério da Saúde, uma pessoa com coqueluche pode infectar, em média, outras quinze pessoas. O infectologista Renato Kfouri explica como se prevenir:
“por se tratar de uma doença de transmissão respiratória, medidas como evitar aglemorações, usar máscara se tiver sintomático, lavagem correta das mãos, aleitamento materno são importantes e funcionam também na prevenção da coqueluche”.
A doença pode ser evitada com a vacinação, e o imunizante contra coqueluche faz parte da pentavalente, que protege contra outras doenças, como difteria e hepatite. Adultos também podem se vacinar, em qualquer Unidade Básica de Saúde. Para quem já está com a doença, o tratamento é feito com antibióticos.
A última vez que o Brasil teve um surto de coqueluche foi em 2014. Mas o ministério da Saúde alertou, na semana passada, que vários países do mundo têm apresentado aumento de casos, e essa onda pode ter chegado por aqui.
Em maio, a União Europeia divulgou Boletim Epidemiológico apontando aumento da doença em pelo menos 17 países, com mais de 32 mil casos notificados de coqueluche entre primeiro de janeiro e 31 de março.