Um fone de ouvido e a sua música preferida, em qualquer lugar, a qualquer hora. Algo comum nos dias de hoje mas que foi considerado um grande avanço tecnológico quando o primeiro aparelho portátil de fita cassete chegou às lojas do Japão em 1° de julho de 1979. Essa novidade do mercado ganhou o nome de Walkman.
A Sony apresentou o produto à imprensa uma semana antes de colocá-lo à venda. Os jornalistas foram levados de ônibus do prédio da empresa até um grande parque de Tóquio. Cada um recebeu um Walkman para testar no trajeto. Chegando ao local da coletiva, patinadores, ciclistas e corredores praticavam as atividades ao ar livre enquanto ouviam suas músicas no Walkman.
O novo aparelho de som praticamente cabia na palma da mão. Podia ser colocado no bolso ou no cinto e funcionava à pilha. O dispositivo tinha duas entradas para conectar fones de ouvido, assim dava para compartilhar o momento com outra pessoa. A princípio, não se esperava muito já que o toca-fitas não fazia gravações. Mas foi sucesso de vendas com o tempo. De acordo com o fabricante, foram vendidas mais de 50 milhões de unidades em dez anos. E, em 1992, atingiu a marca de 100 milhões.
O Walkman virou alvo de um processo movido pelo engenheiro germano-brasileiro, Andreas Pavel, que criou um toca-fitas portátil, em 1972, chamado “Stereobelt”. Pavel desenvolveu o aparelho em sua casa, em São Paulo, e registrou a patente, na Itália, em 1977. Chegou a apresentar o protótipo à Sony mas foi recusado. Logo depois, viu sua ideia ganhar o mundo. O inventor passou décadas lutando na justiça, quase foi à falência com gastos durante o processo, até que, finalmente, fechou um acordo milionário em 2004.
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História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jailton Sodré
Edição: Paula de Castro
Apresentação: Daniel Ito
Publicação Web: Marizete Cardoso
