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VIRADA: “Centrão” ajuda esquerda a vencer as eleições na França e envia ‘recado’ ao Brasil

VIRADA: “Centrão” ajuda esquerda a vencer as eleições na França e envia ‘recado’ ao Brasil


O Ministério do Interior da França divulgou os dados definitivos da apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas, realizado neste domingo (7). A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar, conquistando 182 assentos na Assembleia Nacional, segundo o jornal francês Le Monde. A coalizão centrista do presidente Emmanuel Macron, Juntos, garantiu 168 cadeiras, enquanto a direita, representada pela Reunião Nacional e aliados, obteve 143 assentos.

A vitória da Nova Frente Popular foi facilitada pelo apoio tácito do Centrão, que concentrou votos nos candidatos com mais chances de derrotar a Reunião Nacional (RN) em cada circunscrição. Essa estratégia, que impediu a direita radical de obter maioria, é vista como um recado ao Brasil sobre a importância das alianças políticas e da união de forças contra extremismos.

A Nova Frente Popular, uma coalizão de socialistas, comunistas, verdes e da esquerda radical, surpreendeu ao ficar em primeiro lugar no segundo turno das eleições legislativas antecipadas. Nenhum dos principais blocos políticos obteve maioria absoluta na Assembleia Nacional, deixando o futuro governo incerto. A cooperação entre o governo de Emmanuel Macron e a coalizão de esquerda demonstrou a eficácia de alianças estratégicas.

No campo centrista, o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe se colocou à disposição para reunir forças políticas e formar um novo governo. Após a dissolução da Assembleia Nacional (AN), tanto Philippe quanto outras lideranças de centro e da direita moderada se distanciaram da imagem de Macron para tentar assumir a liderança do campo governista. O presidente Macron, que dissolveu a AN em 9 de junho após a vitória do RN nas eleições europeias, preferiu não se pronunciar publicamente na noite de domingo.

O atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, eleito deputado pelo departamento Hauts-de-Seine, disse que entregará sua demissão na manhã desta segunda-feira (8), mas está disposto a permanecer no cargo enquanto necessário. Com a dificuldade de formar um governo sem maioria absoluta, Crowley acredita que Macron pode esperar passar o verão e os Jogos Olímpicos antes de nomear um novo primeiro-ministro, um fato inédito na tradição francesa.

Qualificado em 441 zonas eleitorais no segundo turno, após eleger 39 deputados no primeiro turno, o RN e seus aliados pareciam capazes de obter a maioria na Assembleia Nacional pela primeira vez na V República. No entanto, após inúmeras desistências entre as duas rodadas, o partido de Marine Le Pen e Jordan Bardella não conseguiu a maioria, embora tenha melhorado sua pontuação em relação a 2022, quando enviou 89 deputados à AN. Bardella saudou o resultado inédito do partido, mas lamentou não ter obtido a maioria para “endireitar o país”.

Para esta eleição histórica, 30.000 policiais e gendarmes foram mobilizados em toda a França, incluindo 5.000 em Paris e seus subúrbios, segundo dados do Ministério do Interior. Por precaução, a maioria das lojas da avenida Champs Elysées preferiu fechar as portas e cobrir vitrines com madeira para evitar danos. Manifestantes de esquerda se reuniram na Praça da República, em Paris, para celebrar o resultado inesperado da NFP.

A primeira-dama do Brasil, Janja, celebrou a vitória esquerdista na França.





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