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O silêncio de Moraes ao ataque de Maduro às urnas eletrônicas no Brasil

O silêncio de Moraes ao ataque de Maduro às urnas eletrônicas no Brasil


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, mantém silêncio diante das críticas feitas pelo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao sistema eleitoral brasileiro. Durante um comício realizado na terça-feira (23) no estado de Aragua, Maduro afirmou, sem apresentar provas, que os resultados das urnas eletrônicas do Brasil não são auditados.

“No Brasil, nem um único boletim de urna é auditado”, disse Maduro a uma multidão, provocando uma série de reações nas redes sociais e entre especialistas em direito eleitoral no Brasil.

A ausência de uma resposta oficial de Moraes chamou atenção, especialmente considerando seu histórico de firmeza na defesa do sistema eleitoral brasileiro. Sob sua liderança, o TSE tem reiteradamente destacado a segurança e a transparência das urnas eletrônicas, reforçando que o processo eleitoral no Brasil é auditável em várias etapas.

Maduro, ao enaltecer o sistema eleitoral venezuelano, afirmou: “Temos o melhor sistema eleitoral do mundo, temos 16 auditorias”, argumentando que seu país realiza uma auditoria em tempo real de 54% das urnas. “Em que outra parte do mundo se faz isso?”, questionou.

Além do Brasil, o presidente venezuelano criticou os processos de apuração eleitoral dos Estados Unidos e da Colômbia, afirmando que os votos nesses países também não são auditados. A íntegra do comício foi publicada por Maduro em sua conta oficial no X.

As críticas de Maduro surgem em um momento delicado, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter instado o líder venezuelano a respeitar o processo democrático e o resultado das eleições na Venezuela, que estão marcadas para este domingo (28). Lula expressou seu “assombro” com a declaração de Maduro sobre um possível “banho de sangue” na Venezuela caso ele seja derrotado nas urnas.

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, disse Lula.

Maduro, em resposta às declarações de Lula, afirmou: “Quem se assustou, que tome um chá de camomila”.

“Eu não disse mentiras, só fiz uma reflexão. Quem se assustou, que tome uma camomila, porque este povo da Venezuela já passou por muita coisa e sabe o que eu estou dizendo. E na Venezuela, vai triunfar a paz”, concluiu Maduro.

O silêncio de Alexandre de Moraes sobre o assunto levanta questões sobre a estratégia do TSE diante das críticas internacionais ao sistema eleitoral brasileiro. Especialistas aguardam uma possível manifestação do ministro nas próximas horas, especialmente com a proximidade das eleições venezuelanas.



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