O ex-presidente Jair Bolsonaro cessou suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (25/7), em Caxias do Sul (RS). Em entrevista ao Metrópoles, Bolsonaro afirmou que não menciona o Supremo em seus discursos e só “bate” em Lula.
Mais cedo, em um evento com apoiadores, Bolsonaro acusou Lula de ter retirado seus dois carros blindados e reclamou da perda de assessores devido a medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele também mencionou a tentativa de assassinato de Donald Trump, afirmando que o Serviço Secreto foi negligente e sugerindo que o sistema quer sua execução. Posteriormente, Bolsonaro esclareceu que ao se referir a “eles” quererem executá-lo, estava falando do “sistema como um todo” e não especificamente de Lula ou do STF.
“Eu estava me referindo ao sistema como um todo. O sistema é uma coisa mais ampla. Sou um cara que importuna o sistema, querendo ou não”, afirmou.
Sobre os ataques de aliados ao ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro disse que “não toca no assunto” e que não defende a prisão do ministro. “Você não vê a palavra ‘Supremo’ na minha boca em nenhuma dessas minhas andanças. Não bato em (Rodrigo) Pacheco, (Arthur) Lira, no STF. Só bato no Lula”, afirmou o ex-presidente, pontuando que busca anistia para os condenados no STF pelos atos de 8 de janeiro.
Bolsonaro afirmou estar surpreso com a multidão em seus atos públicos recentes e que percebe uma grande rejeição ao presidente Lula nas ruas. “Lula está fodendo a gente. Taxou até roupinha da China e agora quer taxar o Pix”, criticou Bolsonaro.
Quando questionado sobre a motivação de seus atos públicos, Bolsonaro disse que espera reconquistar seus direitos políticos e quer ser candidato à Presidência em 2026. “Se eu puder me candidatar, eu ganho, tenho certeza disso”, afirmou o ex-presidente.
